Acabou. Parabéns à Itália, à bela Itália, pelo mais que merecido tetracampeonato. Porque tem Cannavaro e Pirlo (a quem alguns portugueses, idiotas iletrados com o pomposo título de especialistas da bola, insistem em chamar Pilro!!!). Porque nos proporcionou o melhor momento do mundial (o prolongamento contra a Alemanha). E porque a França não merecia ganhar, depois daquela demonstração de cinismo e catennacio na 2ª parte contra Portugal.
Acabou. De forma pouco coerente com a brilhante carreira que teve, o melhor jogador do mundo da última década despediu-se com uma cabeçada (aliás bem dada e também ela merecida), à moda do Cais de Sodré.
Quanto ao nosso mundial, cá ficam ao correr da pena algumas notas:
-Scolari mostrou que é de facto um motivador por excelência e um bom treinador de selecções. A boa performance merece ainda mais relevo porque foi conseguida com erros tão óbvios como a titularidade absoluta de Pauleta (quase sempre um jogador a menos tal como no Euro 04), a insistência jumenta em Postiga (um desastre) e em Costinha (a anos luz do que já foi capaz) em detrimento de Nuno Gomes e Petit, a opção de recurso em usar Ronaldo no meio literalmente apagando-o do jogo, a convocatória de Boa Morte (que terá sido seleccionado por saber boasanedotas, tocar viola e cantar de cor as músicas do Roberto Leal, isto tendo em conta o tempo de jogo que teve e a falta de jeito que tem). Acho que Scolari deve continuar porque os resultados assim o exigem e porque seria difícil neste momento alguém que não ele pegar com sucesso na selecção. Continuar seria uma prova de alguma coragem tendo em conta a inevitável renovação de valores que está aí ao virar da esquina.
-Ricardo, que no dia do Portugal-Inglaterra me pareceu o melhor jogador do mundo apesar da voz de miúdo a quem os huevos ainda não desceram e da mania de falar de si próprio na 3ª pessoa, Figo, que mesmo sem pernas para 90 minutos lutou o que pôde, Costinha, Pauleta e outros, que sugeriram várias vezes que criticar a selecção era igual a não quer que Portugal ganhásse, deviam lembrar-se que são apenas jogadores de futebol numa competição desportiva.Tal como todos os demais numa sociedade democrática (incluindo até o Presidente da República) também eles não têm um especial direito divino a pairar acima da crítica numqualquer limbo de unanimismo bacoco. Eu por mim dispenso bem pseudo-lições de patriotismo, que diga-se de passagem não se mede pelo número de bandeiras que se põem nas janelas ou pelo número de camisolas da selecção nacional de futebol que se compram no continente.
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