A avaliar pela imprensa escrita os ingleses de facto não se enxergam e só demoraram 1 ou 2 dias a dar mostras de toda a sua arrogância e mania de superioridade. Começando por classificar a nossa selecção de violenta, teatral e sem interesse em jogar o jogo pelo jogo e passando pelas já costumeiras técnicas de inventar entrevistas a jogadores portugueses atribuindo-lhes afirmações provocatórias, os ingleses dão novamente mostras de uma incapacidade total de aprender com o passado e os erros cometidos:
- não bastou que o Porto de Mourinho (na altura também apelidado de equipa teatral) tivesse eliminado o Manchester,
- não bastou que o Benfica tenha despachado o então campeão europeu Liverpool,
- e finalmente não bastou que a nossa selecção lhes tenha tirado a tosse nos 2 últimos europeus,...não, tudo isto ainda não bastou.
Dói-lhes fundo na alma que os "pork & cheese" (nome pelo qual carinhosamente tratam os nossos emigrantes) se atrevam a bater o pé à toda poderosa Albion, pátria inventora do futebol. Juntando isto ao facto de que, como sempre, praticamente só os adeptos ingleses estão a criar problemas de segurança e a estragar o clima de convívio e festa neste mundial, é uma obrigação não apenas desportiva mas também de ordem moral que nós, humildes tugas, lhes carimbemos o passaporte de regresso à sua bonita ilha.
29.6.06
27.6.06
Pensamento do dia...
Sempre que uso as únicas cuecas brancas que possuo, tenho uma irresistível vontade de cagar.
É um caso de escatologia cromática.
É um caso de escatologia cromática.
22.6.06
Para além dos nossos 2 golos e da substituição do Postiga...
os melhores momentos do Portugal-México foram:
-Quando a meio da 1ª parte o Maniche, numa jogada de contra ataque rápido, sofreu uma falta à entrada da grande área adversária e o repórter de campo da SIC, aquele poço de inteligência chamado Nuno Luz, diz que..."olhei olhos nos olhos com o Maniche e..."
-Quando o Tiago atirou por cima da baliza numa recarga a uma defesa do guarda-redes mexicano e Humberto Coelho, ex-seleccionador, actual comentador especializado e eterno jogador de golfe, disse que.."era difícil porque a bola estava desequilibrada".
-Quando a meio da 1ª parte o Maniche, numa jogada de contra ataque rápido, sofreu uma falta à entrada da grande área adversária e o repórter de campo da SIC, aquele poço de inteligência chamado Nuno Luz, diz que..."olhei olhos nos olhos com o Maniche e..."
-Quando o Tiago atirou por cima da baliza numa recarga a uma defesa do guarda-redes mexicano e Humberto Coelho, ex-seleccionador, actual comentador especializado e eterno jogador de golfe, disse que.."era difícil porque a bola estava desequilibrada".
20.6.06
19.6.06
A coisa promete
O canal 2, ou simplesmente a 2: como agora se chama, passou recentemente uma série chamada “A Linha da Beleza”, com a chancela (termo que há muito tinha vontade de usar) de qualidade da BBC. Esta série poderia facilmente ser o tema deste post, mas não o é, pela singela razão de eu não a ter visto. De qualquer forma, diz-me a A. (que também não a viu mas que acabou agora de ler o livro na qual a série se baseou) que para além daquilo que podemos ler na sinopse que a 2: nos proporciona, o enredo trata também de homossexualidade masculina, e de uma forma bastante explícita (creio que as palavras dela foram o livro é bom mas não sei se terás estômago para o ler; comentário que surge como um assunto derivado da questão de eu ser reconhecidamente um tanto ou quanto homofóbico…). Não sei se a versão televisiva se manteve fiel ao livro, mas vamos por mera conveniência minha assumir que sim e tomar como facto que a 2: nos terá presenteado com uma série sobre homens gays.
Não sei se imbuídos num espírito messiânico de promoção da tolerância, ou de igualdade entre géneros, ou por acharem (e bem) que o sexo vende, ou se finalmente por mera coincidência, mas a verdade é que os directores da mesma 2: nos vão agora dar a ver uma nova série sobre homossexualidade, agora feminina, ou seja sobre lesbianismo (termo que me dá um certo gozo usar, de uma forma infantil e quiçá até um bocado pacóvia, mas não deixa de ser verdade), e que dá pelo algo óbvio nome de: "the L word". Segundo o Público: “…as mulheres são lindas e sofisticadas…trabalham (pouco), namoram muito e passam a vida embrulhadas em cenas de sexo escaldante…”.
Se alguém se deu ao trabalho de criar uma série assim, eu amsa, digno e honrado portador de pénis e Ser carregado de testosterona, sinto-me na obrigação de ver pelo menos o 1º episódio, quanto mais não seja por cortesia.
É hoje, já depois dos meninos e meninas bem comportadas irem para a caminha.
Não sei se imbuídos num espírito messiânico de promoção da tolerância, ou de igualdade entre géneros, ou por acharem (e bem) que o sexo vende, ou se finalmente por mera coincidência, mas a verdade é que os directores da mesma 2: nos vão agora dar a ver uma nova série sobre homossexualidade, agora feminina, ou seja sobre lesbianismo (termo que me dá um certo gozo usar, de uma forma infantil e quiçá até um bocado pacóvia, mas não deixa de ser verdade), e que dá pelo algo óbvio nome de: "the L word". Segundo o Público: “…as mulheres são lindas e sofisticadas…trabalham (pouco), namoram muito e passam a vida embrulhadas em cenas de sexo escaldante…”.
Se alguém se deu ao trabalho de criar uma série assim, eu amsa, digno e honrado portador de pénis e Ser carregado de testosterona, sinto-me na obrigação de ver pelo menos o 1º episódio, quanto mais não seja por cortesia.
É hoje, já depois dos meninos e meninas bem comportadas irem para a caminha.
17.6.06
As primeiras 2400 horas.
Esta 6ª feira, de trabalho para uns e ponte para outros, serviu para assinalar o 100º dia da presidência de Cavaco Silva. Como sempre acontece em política, a passagem deste marco temporal é aproveitada para se fazer um primeiro balanço da actividade, o que a mim se me afigura como injusto. 100 dias? É curto, e só se justifica pela sede mediática de criar notícias. Serve essencialmente para os analistas políticos da praça, os mesmos de sempre, se entreterem num fútil exercício de adivinhar intenções futuras, ler pseudo sinais que só eles conseguem descortinar ou analisar a coisa de forma a concluirem, egocêntricos e impantes como balões soprados ou perús de Natal recheados, que se confirmam as ideias que eles próprios já tinham acerca do que se iria passar. De facto, a única altura num passado recente em que 100 dias se revelaram como um espaço temporal demasiado longo foi no Governo de Pedro Santana Lopes, que Deus o guarde com saúdinha e sempre andando por aí, de preferência bem longe de poder interferir de novo nos destinos do luso Reino. Quanto ao dito cujo Professor Aníbal, lá vai andando inevitavelmente com a cabeça entre as orelhas ou não fosse ele apenas mais um de nós nobres Portugueses, paridos das costelas de Viriato e Afonso Henriques, descobridores de novos mundos para o mundo, outrora donos de impérios, colónias e províncias ultra-marinas, inventores da francesinha, do fado e da sempre eterna saudade, pátria da especificidade (a mais portuguesa das palavras do novo século).
Mas voltando ao assunto, diga-se que o nosso Presidente se tem mantido basto activo. Já discursou, já vetou, já fez roteiros. Já criticou ministros mas também já os apoiou. Visitou tropas e até vestiu casaco camuflado. Tal como prometido manteve uma atitude positiva e cooperante com o Governo e com o seu alter ego José Sócrates. Evitou ser filmado a comer e reduziu para números bem mais razoáveis a distribuição de comendas, medalhas e grão-ordens disto e daquilo.
Em 100 dias, não está nada mal.
Mas voltando ao assunto, diga-se que o nosso Presidente se tem mantido basto activo. Já discursou, já vetou, já fez roteiros. Já criticou ministros mas também já os apoiou. Visitou tropas e até vestiu casaco camuflado. Tal como prometido manteve uma atitude positiva e cooperante com o Governo e com o seu alter ego José Sócrates. Evitou ser filmado a comer e reduziu para números bem mais razoáveis a distribuição de comendas, medalhas e grão-ordens disto e daquilo.
Em 100 dias, não está nada mal.
14.6.06
Desabafos
O factor que mais contribui para o relativo mau funcionamento do país é a percepção geral e solidamente instalada que as instituições não funcionam, o que acaba por servir como conveniente desculpa ad hoc para os mais diversos comportamentos incorrectos ou até ilegais: há aqueles que se julgam no direito de não pagar os seus impostos simplesmente por terem um vizinho ou conhecido que foge descaradamente e nunca é apanhado, há aqueles que encaram como normal meter ou aceitar cunhas já que toda a gente faz o mesmo, há aqueles que entendem não ser grave conduzir a 180 à hora pelo prosaico motivo de verem ocasionalmente passar outros carros a 200. A mesma linha de raciocínio leva a que comece a ser normal que quando alguém ou algum grupo ou até uma determinada povoação se sente lesada ou ameaçada no que encara como sendo os seus legítimos direitos, acabe por usar como forma ilegítima de pressão o fechar estabelecimentos a cadeado ou bloquear a via pública ou basicamente qualquer outra coisa que garanta que o caso tenha direito a passar no noticiário televisivo do dia. Tudo porque quase ninguém diz ter fé nas vias normais de procedimentos, que ficaram reservadas para os crentes, para os papalvos, para aqueles que contra todas as evidências se recusam a aceitar que não há justificação para a esperteza saloia e para a atitude do salve-se quem puder que grassa por aí a olhos vistos.
A mim, uma das situações que me começa a revoltar é que a facilidade com que estamos prontos a invocar direitos e reivindicar benesses não seja minimamente acompanhada por um grau mínimo de cumprimento de deveres.Tudo isto, este chorrilho de queixumes mal alinhavados, porque estou verdadeiramente farto de me cruzar com gente assim. Gente a quem a nossa depauperada (estará mesmo?) Segurança Social paga tratamentos médicos privados e que nem se dá ao trabalho de deles usufruir, gente a quem o Ministério da Saúde oferece consultas gratuitas (convencionadas com os privados) para os seus filhos e que é irresponsável ao ponto de não aparecer ou sequer telefonar a marcar consulta, gente que vai literalmente vivendo encostada ao rendimento social de inserção (RSI) e que se limita a fazer com a periodicidade mínima obrigatória um ou outro curso de formação ou requalificação profissional, não com o intuito de arranjar emprego mas sim de assegurar mais uns meses de subsídio estatal.
Há por ai um sem número de pessoas (cada vez mais?) que não só não merece os poucos apoios que o Estado vai dando como acaba por evitar que essas verbas cheguem a gente mais necessitada e infinitamente mais merecedora.
Ao ritmo a que vou ainda acabo daqui a uns meses a falar dos beneficiários do RSI (medida que sempre defendi) como “ciganos”, ou a fugir ao Fisco e à Segurança Social. E não duvido que também eu direi na altura que a culpa não é minha, mas sim do sistema que não funciona…
A mim, uma das situações que me começa a revoltar é que a facilidade com que estamos prontos a invocar direitos e reivindicar benesses não seja minimamente acompanhada por um grau mínimo de cumprimento de deveres.Tudo isto, este chorrilho de queixumes mal alinhavados, porque estou verdadeiramente farto de me cruzar com gente assim. Gente a quem a nossa depauperada (estará mesmo?) Segurança Social paga tratamentos médicos privados e que nem se dá ao trabalho de deles usufruir, gente a quem o Ministério da Saúde oferece consultas gratuitas (convencionadas com os privados) para os seus filhos e que é irresponsável ao ponto de não aparecer ou sequer telefonar a marcar consulta, gente que vai literalmente vivendo encostada ao rendimento social de inserção (RSI) e que se limita a fazer com a periodicidade mínima obrigatória um ou outro curso de formação ou requalificação profissional, não com o intuito de arranjar emprego mas sim de assegurar mais uns meses de subsídio estatal.
Há por ai um sem número de pessoas (cada vez mais?) que não só não merece os poucos apoios que o Estado vai dando como acaba por evitar que essas verbas cheguem a gente mais necessitada e infinitamente mais merecedora.
Ao ritmo a que vou ainda acabo daqui a uns meses a falar dos beneficiários do RSI (medida que sempre defendi) como “ciganos”, ou a fugir ao Fisco e à Segurança Social. E não duvido que também eu direi na altura que a culpa não é minha, mas sim do sistema que não funciona…
12.6.06
Diferenças
Mundial 2002- António Oliveira achava que encher o balneário de alhos dava uma vantagem extra à selecção.
Mundial 2006- Scolari prefere contar com o contributo de um amigo padre que benze equipamentos e água, pelo telefone!
Até ver, o método Scolari resulta melhor.
Mundial 2006- Scolari prefere contar com o contributo de um amigo padre que benze equipamentos e água, pelo telefone!
Até ver, o método Scolari resulta melhor.
9.6.06
Ontem ouvi na rádio uma peça deliciosa, pela fantástica voz daquele excelente contador de histórias chamado Luís Filipe Barros. Cá vai, em discurso indirecto, abusivamente entremeado primeiro e concluído depois com alguns comentários aqui do próprio:
Já depois da separação dos Beatles, Paul Mccartney e exma. esposa Linda foram até Nova York, a caminho de uma digressão no Japão, onde passaram algum tempo com John Lennon e exma. mulher Yoko Ono. Aí chegados, terão referido que durante a futura estadia em Tokyo iriam ficar alojados numa determinada suite de um determinado hotel (cujo nome confesso não ter fixado) que sabiam ser a suite preferida do casal Lennon-Yoko, ou Yoko-Lennon para ser mais cavalheiresco. No entanto, quando chegaram ao Japão foram imediatamente interceptados pela polícia que depois de descobrir 20 cigarros de erva nas malas, deteve Paul durante 10 dias e depois expulsou-o do país, estragando obviamente a tal digressão. Fica no ar a dúvida se terá sido Yoko Ono, preocupada com a eventual alteração do karma da sua suite favorita (já se sabe que o karma é uma coisa tão indefinida como instável), a denunciar o azarado casal à polícia japonesa. A verdade factual e indesmentível é que um dos agentes que foi ao aeroporto travar Linda e Paul era primo dela.
Dito isto, esta suposição pode não ser verdadeira, mas volto ao belo do ditado “porquê deixar a verdade estragar uma boa história?”. Pelo mesmo diapasão, deixo também para vossa análise a minha convicção, já velha de muitos anos e suportada apenas por uma boa dose de cinismo intuitivo, que a mesma Yoko Ono foi a cabra que acabou com os Beatles.
P.S.- para que não fiquem dúvidas esclareço que nunca gostei especialmente dos 4 de Liverpool, talvez porque lá por casa durante os meus anos de petiz sujeito ao gosto musical dos progenitores, outros valores cantavam mais alto: Leonard Cohen, Ellis Regina, Neil Diamond e principalmente Cat Stevens, hoje Yussuf Islam, ainda e sempre um dos meus favoritos.
Já depois da separação dos Beatles, Paul Mccartney e exma. esposa Linda foram até Nova York, a caminho de uma digressão no Japão, onde passaram algum tempo com John Lennon e exma. mulher Yoko Ono. Aí chegados, terão referido que durante a futura estadia em Tokyo iriam ficar alojados numa determinada suite de um determinado hotel (cujo nome confesso não ter fixado) que sabiam ser a suite preferida do casal Lennon-Yoko, ou Yoko-Lennon para ser mais cavalheiresco. No entanto, quando chegaram ao Japão foram imediatamente interceptados pela polícia que depois de descobrir 20 cigarros de erva nas malas, deteve Paul durante 10 dias e depois expulsou-o do país, estragando obviamente a tal digressão. Fica no ar a dúvida se terá sido Yoko Ono, preocupada com a eventual alteração do karma da sua suite favorita (já se sabe que o karma é uma coisa tão indefinida como instável), a denunciar o azarado casal à polícia japonesa. A verdade factual e indesmentível é que um dos agentes que foi ao aeroporto travar Linda e Paul era primo dela.
Dito isto, esta suposição pode não ser verdadeira, mas volto ao belo do ditado “porquê deixar a verdade estragar uma boa história?”. Pelo mesmo diapasão, deixo também para vossa análise a minha convicção, já velha de muitos anos e suportada apenas por uma boa dose de cinismo intuitivo, que a mesma Yoko Ono foi a cabra que acabou com os Beatles.
P.S.- para que não fiquem dúvidas esclareço que nunca gostei especialmente dos 4 de Liverpool, talvez porque lá por casa durante os meus anos de petiz sujeito ao gosto musical dos progenitores, outros valores cantavam mais alto: Leonard Cohen, Ellis Regina, Neil Diamond e principalmente Cat Stevens, hoje Yussuf Islam, ainda e sempre um dos meus favoritos.
7.6.06
...
Não tenho tido nem inspiração nem paciência para postar. Falta-me a vontade necessária para escolher os verbos e para decidir os advérbios que permitam encadear as ideias, que aliás também faltam. Não me apetece pensar em substantivos com mais ou menos substância e nos adjectivos com que os colorir. No entanto, olho para o blog e já lhe sinto a carência em crescendo, já lhe adivinho a sensação de abandono como se fosse um cãozinho na aproximação do Verão. Assim sendo, pesando os prós e os contras, os porquês e os portantos, decidi sacudir esta morrinha que se instala ao de leve (moving up slowly inertia creeps…) e falar de temas mais ou menos actuais:
Ponto 1 – 100% de acordo com a nova lei do tabaco. Aliás, confesso que me custa a entender o argumento da suposta “violação de direitos” dos fumadores, porque como não podia deixar de ser ninguém os impede de fumar. É uma escolha individual, mas que deve ser exercida sem prejudicar terceiros. Fumem nas varandas, à porta dos cafés, etc… mas não se achem no direito de impor a sua escolha aos que decidem em sentido contrário. É fundamentalismo? É o politicamente correcto? Até pode ser, mas tem toda a lógica como medida de civismo e acima de tudo como política de promoção da saúde pública.
Ponto 2 – já estarão carecas de saber que não gosto de Scolari nem suporto o Madaíl. Mas digam-me com sinceridade se alguém compreende a forma arrogante e mal-educada como a selecção de futebol, que deve representar o País lá fora e que tanta importância tem para os nossos imigrantes, os tem tratado. Desde o desdém na chegada ao aeroporto, à birra de acabar o treino mais cedo porque alguém no público não devolveu uma bola, até ao cúmulo de reduzir ao mínimo os treinos abertos ao público, multiplicam-se os exemplos de atitudes de prima-donas. Se a selecção só serve para jogar futebol, então serve para muito pouco, e não merece este folclore de bandeiras e cachecóis, que diga-se tresanda a patrioteirismo de pacotilha e encomenda.
Ponto 3- não surpreende, mas mesmo assim é difícil de aceitar a reacção de puro bota-abaixo dos sindicatos perante a proposta do Governo relativamente aos funcionários públicos a colocar no quadro de excedentários. Que um tipo possa estar sem fazer absolutamente nada, a receber 100% do salário original durante 2 meses, 85% (?) durante mais 10 meses, 66% durante 10 anos, etc... e que possa ainda por cima acumular isto com um outro emprego no sector privado é, no mínimo, muito generoso, especialmente se comparado com o que acontece a um trabalhador do sector privado quando perde o emprego. Haja termo de comparação e alguma vergonha.
Ponto 1 – 100% de acordo com a nova lei do tabaco. Aliás, confesso que me custa a entender o argumento da suposta “violação de direitos” dos fumadores, porque como não podia deixar de ser ninguém os impede de fumar. É uma escolha individual, mas que deve ser exercida sem prejudicar terceiros. Fumem nas varandas, à porta dos cafés, etc… mas não se achem no direito de impor a sua escolha aos que decidem em sentido contrário. É fundamentalismo? É o politicamente correcto? Até pode ser, mas tem toda a lógica como medida de civismo e acima de tudo como política de promoção da saúde pública.
Ponto 2 – já estarão carecas de saber que não gosto de Scolari nem suporto o Madaíl. Mas digam-me com sinceridade se alguém compreende a forma arrogante e mal-educada como a selecção de futebol, que deve representar o País lá fora e que tanta importância tem para os nossos imigrantes, os tem tratado. Desde o desdém na chegada ao aeroporto, à birra de acabar o treino mais cedo porque alguém no público não devolveu uma bola, até ao cúmulo de reduzir ao mínimo os treinos abertos ao público, multiplicam-se os exemplos de atitudes de prima-donas. Se a selecção só serve para jogar futebol, então serve para muito pouco, e não merece este folclore de bandeiras e cachecóis, que diga-se tresanda a patrioteirismo de pacotilha e encomenda.
Ponto 3- não surpreende, mas mesmo assim é difícil de aceitar a reacção de puro bota-abaixo dos sindicatos perante a proposta do Governo relativamente aos funcionários públicos a colocar no quadro de excedentários. Que um tipo possa estar sem fazer absolutamente nada, a receber 100% do salário original durante 2 meses, 85% (?) durante mais 10 meses, 66% durante 10 anos, etc... e que possa ainda por cima acumular isto com um outro emprego no sector privado é, no mínimo, muito generoso, especialmente se comparado com o que acontece a um trabalhador do sector privado quando perde o emprego. Haja termo de comparação e alguma vergonha.
2.6.06
Cada tiro cada melro, cada cavadela cada minhoca...
O desemprego está em níveis nunca vistos, a situação económica vai melhorando mas em ritmo de caracol em passeio, diversos sectores profissionais (agricultores, professores, pescadores,etc...) vão dando largas ao seu descontentamento pela acção do Governo.Lá por fora agravam-se os sinais duma inevitável crise energética à escala mundial, Timor-Leste corre sérios riscos de entrar em processo de autofagia e o dossier das ambições nucleares do Irão ameaça desequilibrar de vez o já de si caótico cenário do Médio Oriente.
Enquanto isso num país à beira-mar plantado, dias depois de darem o seu contributo para evitar que uma coisa tão comezinha como o trabalho os viesse a impedir de ver jogar a sacrosanta selecção de futebol, os deputados do maior partido da oposição lançam uma proposta subscrita entre outros pelo seu inenarrável líder parlamentar, em que elegem como prioridade a criação de um Dia do Cão, para celebrar anualmente o melhor amigo do homem.
Fico honestamente na dúvida sobre qual destes animais será mais racional.
Enquanto isso num país à beira-mar plantado, dias depois de darem o seu contributo para evitar que uma coisa tão comezinha como o trabalho os viesse a impedir de ver jogar a sacrosanta selecção de futebol, os deputados do maior partido da oposição lançam uma proposta subscrita entre outros pelo seu inenarrável líder parlamentar, em que elegem como prioridade a criação de um Dia do Cão, para celebrar anualmente o melhor amigo do homem.
Fico honestamente na dúvida sobre qual destes animais será mais racional.
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