Ontem num dos consultórios em que trabalho atendi um miúdo de 6 anos. Isto por si só não constitui novidade, mas aconteceu uma coisa curiosa.
O miúdo estava a comportar-se de acordo com a idade que tem: não só abria pouco a boca como depois estava sempre a querer fechá-la, mexia as pernas e os braços, rodava a cabeça de um lado para o outro, enfim, o normal, ou dito de outra forma, sem estar a ser um estuporzinho também não dava grande ajuda. No entanto, e à medida que o tempo ia passando, o puto ia ficando mais tranquilo. A mãe dele saiu para atender o telemóvel e quando voltou o miúdo tinha os olhos fechados. Ela sentou-se no seu lugar e de repente começa-se a ouvir um ruído ritmado que, adivinharam, correspondia ao ressonar dele. A risada foi geral e 10 minutos depois quando acabou a consulta, chamei-o em voz alta, o gajo saltou da cadeira bem disposto e foi-se embora todo contente com um balão que a assistente lhe ofereceu.
Às vezes, é bom ser médico dentista.
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