16.12.05

O pai natal


Não bastava o pobre do homem morar na Lapónia, que como toda a gente sabe faz fronteira com o cú de judas. Não bastava o frio que por lá se deve rapar. Não bastava a porra da barba sempre suja de molho de rabanadas e com pedaços de filhoses. Não bastava ter como única companhia uma mulher obesa e vestida de encarnado como prenda todos os dias do ano. Não bastava ter 8 renas alcóolicas como animais de estimação e ter como único meio de locomoção um treno velho como a putaça sem cobertura ou aquecimento. Não bastava ter que descer pelas chámines como um ladrão e ter que enfiar a merda das prendas em meias a cheirar a mofo do ano anterior. Não. Tudo isto não bastava.
O espírito natalício dos tugas descobriu uma nova e dolorosa forma de castigar o pobre do velho. A moda agora é deixá-lo pendurado nas fachadas dos prédios, preso às varandas e a trepar uma escadinha, sujeito ao frio, à chuva e à neve todo o mês de Dezembro e quiça até aos Reis.
Olha Pai Natal, aceita o meu conselho e manda-os todos à merda...Não há patrocínio da Coca-Cola que valha tanto sofrimento.

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