Acabo de rever, com a ânsia e a pressa que por vezes parecemos por em
algo que nos dá verdadeiro prazer, os filmes Antes do Amanhecer e
Antes do Anoitecer. De Richard Linklater, Julie Delpy e Ethan Hawke.
Confesso que é para mim algo desesperante não encontrar as palavras para descrever as sensações que este filme me provoca (no fundo, e apesar dos
Confesso que é para mim algo desesperante não encontrar as palavras para descrever as sensações que este filme me provoca (no fundo, e apesar dos
10 anos de intervalo, o filme é só um...). Faltam-me os verbos e os adjectivos, escasseiam-me as metáforas e demais figuras de estilo. Sobram-me os mas, os porques, os também e demais pronomes. Só me ocorrem lugares demasiado comuns e expressões delicodoces.
Há ideias que para atingirem a plenitude exigem algumas palavras. Não quaisquer umas, mas sim aquelas, as palavras certas, as únicas verdadeiramente apropriadas para aquela ideia específica.
Este filme não vive de efeitos especiais, de grandes cenários ou truques de realização. Vive da cumplicidade entre os actores, dos seus olhares e dos
seus sorrisos, e vive da facilidade com que nos imaginamos ali, naqueles lugares, naqueles momentos e sobretudo naqueles diálogos.
Acima de tudo, o filme vive de palavras. Muitas. Certas. Únicas.
2 comentários:
- és tão sensivel quando queres...
- se bem que essa tua condição de inválido te obriga a repensar a vida, a limpar o pó aos suspiros da alma, a pensar na família, nos amigos... AMIGOS...AMIGOS
quando é que marcamos um jantarzinho, ... se quiseres até pode ser com velinhas e peluches.
quando nos encontramos "Algo angustiado", com uma "Dúvida existencial" e cheios de "Raiva", não há como torcer o "My right foot" para começar a ver tudo "Before Sunrise, Before Sunset"
dizes tu que isto não é um diário.
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