Há gente que anda ocupada a organizar ceias de homenagem a Paulo Morais (PM), ex nrº 2 de Rui Rio, que se destacou nos últimos tempos por ter denunciado a corrupção que grassa nas Câmaras Municipais deste país. No último destes jantares, PM entreteve-se a desfazer o estado actual da democracia lusa classificando o regime como "decrépito". Ora, isto merece algumas considerações:
1- é, no mínimo, curioso que PM só tenha descoberto a corrupção e a decrepitude do regime depois de lhe terem tirado a boca da tetina dos dinheiros públicos.
2- enquanto vereador e nas várias funções que exerceu, PM foi uma nulidade absoluta, não deixando nem obra nem saudade.
3- aquilo que verdadeiramente ficou na memória foi a peregrina sugestão de PM para que os arrumadores fossem obrigados a usar um crachat na roupa listando as suas doenças (estilo a estrela de David dos judeus).
Posto isto, impõe-se a pergunta. Homenageado? Mas porque carga de água?
Se não fosse tão insignificante, seria grave. Assim, é só ridículo.
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4 comentários:
Sem dúvida que os comentários são oportunos, mas há uma realidade que se sobrepõe: Foram feitas graves acusações a instituições que deveriam estar acima de toda a suspeita. Jornais e RTP deram-nos disso conhecimento. Há intervenção do DIAP. Até agora, não se comprovou que tais acusações são infundadas. A nossa Justiça não funciona. Fala-sa, fala-se, mas não se passsa disso!
Paulo Morais fez o que fizeram Henrique Galvão e Humberto Delgado; afastou-se,tal como estes fizeram, provavelmente quando percebeu que pouco poderia fazer, no ambiente que encontrou. Mais vale tarde que nunca. Pode ser que daqui nasça uma onda de moralização, se entretanto não houver descarrilamento, com os oportunistas profissionais, como aconteceu com o PRD, que tantas esperanças fewz gerar.
Afastou-se??? foi é corrido pelo PSD!!! E digo mais: se Paulo Morais é um dos "heróis" da política portuguesa, então estamos pior do que eu pensava...
Será que a incorrigível corrupção, que correntemente corrói a Administração Pública, leva os corrosivos corruptos a correrem com os correligionários correctos e incorruptíveis?
De uma forma geral, não duvido.
Já duvido é que isso se aplique totalmente ao caso em apreço...
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