Tortura? olhe que não...

Não contava voltar tão cedo a este tema, mas há coisas que pura e simplesmente não dá para deixar passar.
Porter Goss, o novo director da CIA, declarou numa entrevista que a agência não tortura. As suas palavras exactas foram: «Usamos capacidades legais para recolher informações vitais, e fazemo-lo numa variedade de formas inovadoras e únicas«, todas elas legais e nenhuma das quais é tortura». Só isto já cheira a esturro, mas a cadeia televisa ABC conseguiu, através de colaboradores de Goss, acesso a uma lista de "técnicas avançadas de interrogatório". O jornal Washington Post também publicou detalhes destas técnicas "inovadoras e únicas". Aquilo que agora passo a transcrever provem do Diário Digital/Agência Lusa.
Lê-se e não se acredita...

«As primeiras três técnicas relatadas à ABC envolvem abanar ou bater nos prisioneiros de forma a causar-lhes medo e dor. A quarta consiste em obrigar o prisioneiro a manter-se de pé, algemado, com os pés agrilhoados, durante 40 horas».
«Segue-se - segundo o jornal - a cela fria: os prisioneiros ficam nús numa cela arrefecida e são periodicamente molhados com água fria».

Para os mais resistentes (ou eventualmente para os inocentes que pura e simplesmente não possam ceder, por não terem nem culpa nem informações para dar) a CIA reserva a denominada técnica da tábua.
"O prisioneiro é atado a uma tábua inclinada, com os pés erguidos acima da cabeça."
«O rosto do prisioneiro é então envolto em celofane, sobre o qual é vertida água. Isto provoca o pânico no prisioneiro que sente que se está a afogar, apelando quase de imediato para o fim da tortura».

É com estas técnicas que o país farol da liberdade, "land of the free and home of the brave", pretende vencer aquilo a que chamam o "Eixo do Mal". Será suposto ficarmos todos calados perante isto? Ou será que quem protestar vai ser logo rotulado de anti-americano ou simpatizante dos terroristas?

God bless the United States of America.